4 dicas para viajar tranquila com crianças (até sozinha!)

Sair sozinha com crianças no plural dá trabalho, mas ficar em casa também dá. Por mais que a rotina seja amiga, de vez em quando é bom passar um perrengue diferente, mas sem enlouquecer. No início do mês eu viajei para participar de uma conferência com um bebê de 1 ano. Depois, decidi levar também a filha mais velha e no fim das contas o marido foi também... só que voltou mais cedo, e nos três dias que fiquei sozinha com elas, tirei algumas lições.



1. Tenha pessoas

Engraçadinha, né. A primeira dica para viajar sozinha é não estar sozinha?! Se você não está com alguém que divide com você a responsabilidade pela criança, então você está sozinha, sim. Mesmo que esteja com avó, melhor amiga, grupo de amigos... se eles vão te chamar na hora de trocar as fraldas, então está sozinha, sim. 
Mas olha, é muito melhor ter essas pessoas do que não ter nenhuma. É alguém pra descansar o seu braço com tanto colo, pra olhar enquanto você vai ao banheiro... Rede de apoio é isso, sabe? Quem não tem obrigação, mas tá ali, ajudando. Se for pra viajar sozinha, com rede de apoio é sempre melhor.

2. Prepare-se para não ter ajuda nenhuma, aceite toda a ajuda que conseguir

Não dá pra sair contando com o trabalho dos outros. Mesmo que tenha sido combinado, eu sempre tenho um plano B. E se a criança não quiser ficar com a vovó? Se ela não gostar do espaço infantil? Se o motorista não quiser te ajudar a instalar as cadeirinhas, você sabe fazer sozinha? Consegue fazer com criança e tudo? Não ser pega de surpresa pelo perrengue torna a situação menos difícil.
A minha dificuldade com isso é estar tão preparada pra fazer tudo sozinha que acabo dispensando ajudas que tornariam tudo muito mais fácil. Sim, você dá conta, mas não precisa. Economiza essa energia e usa as carinhas fofas das crianças pra conquistar a simpatia e a gentileza de quem estiver por perto. Aceitar ajuda não diminui em nada quem você é e o que você faz.

3. Foco nas necessidades básicas

Alimentação, sono, banheiro... nada será como antes você faz em casa, mas de alguma forma isso precisa acontecer. Por isso que viajar com bebê é bem mais fácil: mama no peito, dorme no colo, xixi na fralda... Se a criança for maior, ainda tem outras necessidades: interação social, movimento, estímulos sensoriais. A criança que não para de falar, de correr, de se esfregar nas coisas (!) está tentando suprir uma necessidade.
Na bolsa das crianças sempre tem uma troca de roupa e de fralda, água fresca e lanche seco (biscoito de polvilho, uva passa, bolacha de arroz...). Dependendo da programação e do local, pode ter também uma fruta cortadinha, material para desenho, livro de colorir, o brinquedo favorito (se não for barulhento)... Qual é o seu truque dentro da bolsa? Compartilha com a gente nos comentários.

4. Mantenha a rotina, mas não tanto

Não adianta querer que tudo funcione como em casa. "Sair da rotina" é um pouco do objetivo da viagem. Descansar da rotina. Isso não significa "meter o pé na jaca". A criança vai precisar de algumas "âncoras", e você também. Se não der pra manter o horário de dormir, a sequência da rotina noturna pode ser a mesma. Usar telas em determinados momentos pode ser estratégico, perder a mão aí pode atrapalhar o resto do dia.
Não são só as crianças que são rígidas. Às vezes a gente se acostuma tanto a fazer as coisas de um jeito específico, que entra em crise quando não dá pra fazer exatamente igual (e é por isso que tem gente que leva a casa toda na viagem). É legal experimentar. Mostre isso para as crianças, permitindo-se experimentar também. Três dias de banho de chuveiro não vão quebrar a criança que sempre toma banho de banheira. Cuidado para não se viciar nos confortos de casa de tal forma que você só consegue fazer x se tiver y. 
Adaptações em viagem são exceções. As crianças sabem muito bem que esse é outro ambiente. Elas podem até pedir pelas adaptações em casa, mas há expectativa pelo retorno da rotina (mesmo na preferência da mudança). Não se preocupe com "vou ter que fazer assim pra sempre". Nada nunca é para sempre.

Ninguém está totalmente preparada, mas a gente pode se divertir no caminho. É cansativo, sim.. mas ficar em casa também cansa, e não rende tantas histórias. Não será a mesma coisa, nunca será. Mas o diferente também pode ser bom. Vamos tentar?

Eu já tinha viajado sozinha com uma criança, mas essa foi a minha primeira vez com duas. Vamos trocar dicas de mãe! Você já ouviu as minhas, deixe a sua dica nos comentários.

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